Editorial
Vamos adianta
Conforme os dias vão passando, a turma que jurava de pé junto que as Eleições presidenciais de 2022 foram fraudadas vai diminuindo. Primeiro foram os protestos bloqueando rodovias federais por todo o Brasil, criticados inclusive pelo atual presidente Jair Bolsonaro (PL), que seria o maior beneficiado por este movimento. Depois veio a live, enjambrada em algum lugar da Argentina, que não conseguiu mostrar nenhuma irregularidade nas urnas eletrônicas. Para finalizar a questão, veio na noite de quarta-feira o relatório final do Ministério da Defesa, que não apontou a existência de nenhuma fraude ou inconsistência no processo eleitoral.
O documento produzido pela equipe técnica das Forças Armadas sobre a fiscalização da urna eletrônica trouxe apenas observações sobre o processo de votação. Nele, o ministro da Defesa, Paulo Sérgio Nogueira, pede ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) que leve em consideração duas sugestões dos militares: como investigação da compilação do código-fonte do sistema e dos testes de funcionalidade, realizados por meio do teste de integridade e do projeto-piloto com biometria.
Sobre o código fonte, o relatório aponta que “foi observado que a ocorrência de acesso à rede, durante a compilação do código-fonte e consequente geração dos programas (códigos binários), pode configurar relevante risco à segurança do processo”. Já quanto à funcionalidade, os militares se limitam a dizer que “não é possível afirmar que o sistema eletrônico de votação está isento da influência de um eventual código malicioso que possa alterar o seu funcionamento”.
Esses dois pontos citados, no entanto, confronto com as opiniões das outras entidades fiscalizadoras das eleições, como Tribunal de Contas da União (TCU), a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), a missão da Organização dos Estados Americanos (OEA) e também a missão de observadores da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP). Segundo eles, o processo eleitoral brasileiro obedeceu aos padrões nacionais e internacionais de segurança.
Dito isso, é hora de olhar para frente. Como muito se falou no momento mais crítico da pandemia: o Brasil não pode parar. Pois é justamente esse pensamento que precisamos manter a partir de agora. Vamos adiante.
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